"De quantas mentiras você é feito?!"

Dia desses, eu vi essa pergunta em um texto....  Foi uma daquelas coisas que a gente olha, registra e fica matutando depois. Já era provavelmente fim daquele dia e eu ainda estava com aquela imagem na mente, me arrependi por não ter tirado uma foto!

"De quantas mentiras você é feito?!"

Todos nós temos nossas "mentiras", alguns até por gosto, mas ainda creio que a grande maioria de nós, por necessidade... No meu caso específico, eu nunca fui dado a mentiras! 

No sentido mais estreito, porque sou um péssimo mentiroso, não precisa muito para eu me entregar ou então cair em uma sonora gargalhada se estiver mentindo. Agora no sentido mais amplo, sim... já menti, principalmente na tentativa de me supostamente proteger de alguma coisa que eu acreditava poder a vir me magoar ou ferir, acho que todos nós fazemos isso. Mas uma coisa que sempre procurei ter o maior cuidado foi com o os outros, talvez esteja ai o meu maior e principal erro na vida.... Estar com alguém, se aproximar de alguém, sempre foi algo que tive o maior respeito! Respeito até demais eu diria...

Não tem muito tempo assisti a um filme chamado A Monster Calls, 7 minutos depois da meia-noite (tem no Netflix), em que o personagem principal, um garoto, era desafiado pelo "Monstro" a contar uma história e nela dizer "a sua verdade", sobre uma situação em particular que se desenrola no filme. Impossível não se reconhecer naquele personagem, impossível passar sem se remexer na cadeira quando em um diálogo o Monstro diz ao garoto:

"Porque humanos são feras complicadas. Vocês acreditam em mentiras confortáveis ainda que conheçam a dolorosa verdade que tornam tais mentiras necessárias."




A verdade é que ando às voltas com algumas "verdades e mentiras" nesses tempos... Mais que isso, cada vez mais tenho tomado consciência de que tem sido difícil acreditar em minhas "mentiras confortáveis", acho que ando em rota de colisão com algumas "verdades dolorosas" que a tempo evitava colocar a mão...

Sim "Brazell", estamos falando relacionamentos, ou melhor... do fim deles! kkk ;-)

Mas, vamos que vamos... 

Que possamos fazer dessa uma boa semana!

Inté.

Olhos de ver


Naqueles dias, nós já não eramos mais "nós", mas a amizade que nos uniu sempre esteve e até agora continua a nos manter por perto, foi assim, que poucas palavras trocadas foram o suficiente para perceber que algo não estava bem... Fui buscá-lo, já em casa, deixei-o falar, acho que ele precisava... mas também percebi que ele estava fazendo voltas e voltas... então, com a cumplicidade que só dois amigos possuem, comecei a expor minhas "observações"... 

Não precisou muito para que eu visse a primeira lágrima, comprida, sentida, rolar em sua face... Aquele olhar...

Me cortou o coração vê-lo naquele momento... um cara tão bonito, que desconhece sua própria força e tamanho, de repente se sentindo tão pequenino na minha frente, tão desprotegido... Que merda, como podemos deixar que nos façam acreditar que não somos bons, que não podemos, que não temos direito...

O abraço foi natural, acolhe-lo em meus braços era o que eu podia fazer e acho que era o que ele mais precisava naquela momento! 

Ele saiu melhor do que chegou naquele dia, fiquei feliz por ele, fiquei feliz por ter ajudado, talvez tenha sido nosso último "grande" momento juntos... 

mas isso é "causo" para outro pensamento solto... kkk




Ao ajudá-lo, procuro olhar minhas próprias experiências, procuro oferecer a ajuda que um dia recebi, mas confesso que muitas vezes me questiono se, mesmo com as melhores intenções, faço bem...

Ao indicar um caminho ou mesmo apoiá-lo em um momento de dúvida, será que não queimo uma etapa em seu desenvolvimento?! Sem querer me dar mais importância do que realmente tenho, sei que foi com uma ajuda minha, que algumas coisas mudaram em sua forma de relacionar com a família e até mesmo frente algumas questões que ele tinha...

Em minha defesa... ainda que muitas vezes o tenha ajudado a tomar decisões que acabariam por levá-lo a se afastar de mim, acredito que a pureza dos sentimentos que sempre nutrimos um pelo outro, que um dia nos uniu e até que nos fez continuar amigos, me protege de estar fazendo algum mal a ele. Sempre tive/tenho muito cuidado para não induzi-lo a uma escolha, sempre procuro pontuar outros pontos e, quando necessário, muitas vezes puxei-lhe as orelhas... 

Mas, confesso que já não tenho lá muitas certezas nesses tempos... tenho dúvidas! Muitas dúvidas!!!

Enfim, pensamentos soltos...

Que possamos fazer dessa uma grande semana... "vamos que vamos"! ;)

Resumo do Final de Semana

Até pensei em escrever um post, mas na verdade me lembrei de uma cena que resume bem o meu final de semana...

- Cena final - My Best Friend´s Wedding - 


Com as devidas adaptações, o diálogo foi mais ou menos assim... 

- Alô Fulano!
- Fala rapaz, divertindo-se?!
- Até que sim, mas o importante é que fiz o que tinha que fazer
- O que?!
- Me despedir!
- Bom garoto! Espero que tenha aprendido a lição...

The End.

Muito prazer...

#resgatados

Amar é uma ação!

Gosto dessa definição de amor! A primeira vez que a ouvi foi em uma palestra, de acordo com o autor muitas pessoas confundem uma série de coisas com o "amor"... Gostamos de pensar que o amor é algo especial ou diferente, que nos causa algum tipo de sensação. Mas na grande maioria das vezes estamos falando de energia condicionada, insegurança, medo, carência .... e por ai vai.  

Mas para o autor, e eu ultimamente tenho abraçado essa visão, o amor de verdade, é algo que surge no momento em que conhecemos a pessoa e que vai durar mesmo quando aquela pessoa não está mais conosco. Afinal, o desejo que aquela pessoa seja feliz, independe de estarmos ou não com a pessoa! Assim, não existira de fato uma distinção entre "amores" de amigos, de irmãos ou o amor romântico como falamos, o que "muda" é a distância que há entre as pessoas.

Quanto mais próximo a pessoa é de nós, mais "complicado" se torna lidar com as implicações desse sentimento...Óbvio que estou dando um "bela" simplificada aqui e nem pretendo reproduzir tudo... mas foi o que ficou para mim.

Se tiver curiosidade, você pode olhar o vídeo clicando AQUI.

Até ai... tudo bem, tá tranquilo, tá favorável. Entendi a definição, até comecei a aplicar, mas queria saber onde está a parte que ele fala sobre como lidar com a parte "... de quando a pessoa não está mais conosco."   

;-)

Das coisas que poderiam ter sido...


Hoje foi uma daquelas noites meio estranhas, em um mundo paralelo teria sido um belo jantar em família! Não que não tenha sido, mas vocês vão entender meu ponto, já já...

Os personagens: meus pais, uma das minhas irmãs e aquela que poderia ter sido a Sra. Latinha. O local, aquele famoso restaurante italiano que já foi cúmplice de vários momentos da minha vida...

Bom... não lembro se já falei disso aqui no bloguinho e, se falei, deve ter sido de forma "meio egípcia", então vale a pena começar dizendo que houve uma época em que eu tinha um interesse sincero por meninas! Sim, dorme com um barulho desses Brazell!!! Inclusive, tem uma piadinha "sem graça" que rola aqui em casa, que foi por conta dessa menina não ter aceito meio convite para namorar que eu acabei indo descobrir "novas cores" ... kkkk

Resumindo uma longa e bonita história de amizade, nos conhecemos na escola. Eu era "o novato" na escola, ela já era "da casa", uma Japinha de cabelos negros lisos, olhos amendoados e muito inteligente (pleonasmo, kkk). Não lembro ao certo como nos conhecemos, mas fomos colegas de turma durante alguns anos do ensino médio, em algum momento... ela já frequentava minha casa, eu a casa dela... foi com ela que fui no cinema "acompanhado" a primeira vez. Nem sobre tortura eu conto o filme... 

Dando início a uma saga que iria se repetir algumas vezes... nunca pude me esquecer de um dia em que ao chegar para uma reunião na escola e encontrar sua mãe, fui cumprimentá-la, como manda a boa educação. Ao responder negativamente a sua indagação sobre a presença da minha mãe na reunião, ela se vira e dispara a queima roupa: Se eu soubesse que era você que vinha eu tinha falado para Ela vir. Yes, baby! Minhas "quase-sogras" geralmente me amam, pena que os respectivos/respectivas nem tanto! (mas isso é outra história).

Aquele "terceiro" ano selaria nossos "destinos"... primeiro, no início do ano, ela foi convidada para participar de um projeto piloto na época, o que envolvia sua mudança para uma outra escola. Por uma burocracia, eu acabei ficando na mesma escola (mas que conste dos autos que eu tinha nota para ir também...), ainda assim, nosso contato nunca acabou... Mas, no meio daquele ano, eu me mudaria novamente para São Paulo... ela foi a última pessoa de quem me despedi antes da mudança...

Nos reencontraríamos no final daquele ano, assim como algumas vezes nos anos que vieram... Ela acabou indo cursar faculdade no Paraná, eu em Campinas e ainda que cada um de nós tenha seguido seu rumo, nunca nos perdemos de vista. 

Hoje ela mora na mesma cidade que meus mais e frequentemente nos vemos, temos amigos em comum e, frequentemente estamos todos reunidos, os encontros são sempre muito bons. A família dela ainda me adora [kkk], sua sobrinhas me chamam de "Tio" e, para completar, usam o apelido de escola e que só ela hoje em dia ainda se lembra... Minha família por sua vez, também a adora de paixão, minha irmã e ela são grandes amigas e é engraçado vê-la chamar meus pais por apelidos carinhosos.

Temos a mesma idade e tecnicamente estamos ambos solteiros, assim... não raro, algumas pessoas ainda querem "nos casar"... isso já rendeu algumas histórias  bem engraçadas...

Hoje, aproveitando que estou visitando meus pais, acabamos tomando um café juntos, ao final.. convidei-a para jantar conosco, na famosa cantina que é nosso restaurante preferido... A noite foi mega agradável, conversas, histórias e risadas foram fartos em nossa mesa. Já em casa, olhando as fotos no celular, vi uma daquelas fotos com todos juntos, Era praticamente uma foto "de família"...

É... teríamos sido uma bela família! ;)

Uma última lembrança - Muitos anos depois, já não eramos mais 2 adolescentes... eu decidir falar com ela sobre os meu sentimentos ou melhor, dos sentimentos que tive por ela... acho que na tentativa de fechar aquela história para mim. Lembro que fiquei esperando-a na casa da irmã dela... chovia no dia... nervoso que só, devo ter falado mil palavras por segundo, lembro da sua cara meio assustada sem saber o que fazer, eu não sabia o que fazer... Apenas falei e fui embora em direção ao meu carro... tremendo pela chuva gelada, pelo nervoso...

Eu não sei se era para ser ou se perdemos "nosso momento"... De qualquer forma, uma grande amizade ficou, aliás... se considerarmos que desde então, quase 20 anos depois, independentemente do papel assumido nessa relação, um sempre quis e torceu pelo bem e o sucesso do outro... acho que podemos dizer que o amor venceu! :)

Das coisas que poderiam ter sido...

e que são só minhas...

Rick Astley - Hold me in your arms

PS - Essa música estava em um disco de vinil que ganhei de presente de aniversário dela, a long time ago... kkkk